Quase cego, sozinho numa cabana de palha, em estado febril e atormentado pelos ratos, São Francisco
deixou para a humanidade este canto de amor ao Pai de toda a Criação.
A penúltima estrofe, que exalta o perdão e a paz, foi composta em Julho de 1226 no palácio episcopal de
Assis, para pôr fim a uma desavença entre o Bispo e o Prefeito da cidade. Estes poucos versos bastaram
para impedir a guerra civil. A última estrofe, que acolhe a morte, foi composta no começo de Outubro de 1226.
Oração
Altíssimo, onipotente e bom Deus, Teus são o louvor, a glória, a honra e toda benção.
Só a Ti, Altíssimo, são devidos, e homem algum é digno de te mencionar.
Louvado sejas, meu Senhor, com todas as Tuas criaturas.
Especialmente o irmão Sol, que clareia o dia e com sua luz nos ilumina.
Ele é belo e radiante, com grande esplendor de Ti, Altíssimo é a imagem.
Louvado sejas meu senhor,
pela irmã Lua e as Estrelas, que no céu formastes claras, preciosas e belas.
Louvado sejas meu senhor, pelo irmão Vento, pelo ar ou neblina, ou sereno e de todo tempo pelo qual as
Tuas criaturas dais sustento.
Louvado sejas meu senhor,
pela irmã Água, que é muito útil e humilde e preciosa e casta.
Louvado sejas meu senhor,
pelo irmão Fogo, pelo qual iluminas a noite, e ele é belo e jucundo e rigoroso e forte.
Louvado sejas meu senhor,
pela nossa irmã a mãe Terra, que nos sustenta e nos governa, e produz frutos diversos, e coloridas flores e
ervas.
Louvado sejas meu senhor,
pelos que perdoam por teu amor e suportam enfermidades e tribulações.
Bem aventurados os que sustentam a paz, que por Ti, Altíssimo serão coroados.
Louvado sejas meu senhor,
pela nossa irmã a morte corporal, da qual homem algum pode escapar.
Ai dos que morrerem em pecado mortal!
Felizes os que ela achar conforme à Tua Santíssima vontade,
porque a segunda morte não lhes fará mal.
Louvai e bendizei a meu Senhor,
e daí lhes graças e servi-o com grande humildade.
Amém.
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Saudade lembrada, saudade sentida, saudade hoje e para o resto da vida...saudade eterna!
Nosso pedacinho do céu...