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.ღ Saudade lembrada, saudade sentida, saudade hoje e para o resto da vida...saudade eterna! ღ

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ღ NO MOMENTO AS HOMENAGENS ESTÂO SUSPENSAS! Abraços fraternos!

ღ NO MOMENTO AS HOMENAGENS ESTÂO SUSPENSAS!  Abraços fraternos!
As homenagens são publicadas conforme a disponibilidade de tempo. Se ela chegar sem foto e mensagem não poderei publicar. As homenagens são publicadas conforme a ordem de chegada no e-mail.

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ღ NO MOMENTO AS HOMENAGENS ESTÂO SUSPENSAS! ABRAÇOS FRATERNOS!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Estrelinha Bruna


26/05/1996
†23/09/2009
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BRUNA
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Minha cachorrinha Bruna, que estava internada desde
sábado, infelizmente , partiu hoje pro céu dos cachorrinhos.
Acordamos com o telefonema da veterinária, e o meu dia não foi dos melhores.
Ontem ela teve uma melhora razoável, por conta do tratamento intensivo,
mas já havia comprometimento de fígado e depois pulmão, e com a idade dela e mais a diabetes...não houve jeito mesmo.
Enfim...sentimos muito, mas agora já estamos nos recuperando ,
porque a morte não apaga os 13 anos de amor incondicional que ela nos dedicou,
muito pelo contrário, foi um grande privilégio, convivermos todo esse tempo com um ser superior como ela,que soube tão bem compartilhar momentos tristes e felizes com toda a família,
sendo ela também parte da família.
Ficou a sua filhinha "Alice",que anda meio quieta,
pelos cantos, mas que logo estará preenchendo essa lacuna que se formou, não tenho dúvidas.
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Para Bruna,
nossa saudade,
respeito
e agradecimento .
Brilhe linda estrelinha branquinha!!
Saudades...
Amor...
Guigui
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Foto
Alice e Bruna.
A primeira permanece aqui, bem juntinho de nós.
A segunda partiu, e só deixou boas lembranças e ensinamentos.



segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Bênção de Santa Clara


Bênção de Santa Clara
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"Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
O Senhor as abençoe e guarde. Mostre-lhes o seu rosto e tenha misericórdia de vocês.
Volte a sua face para vocês e lhes dê a paz, a vocês minhas irmãs e filhas, e a todas as outras que vierem e permanecerem em sua comunidade, e a todas as outras, tanto presentes quanto futuras, que perseverarem até o fim nos outros mosteiros das senhoras pobres.
Eu, Clara, serva de Cristo, plantinha do nosso bem-aventurado pai São Francisco, irmã e mãe de vocês e das outras irmãs pobres, embora indigna, rogo a nosso Senhor Jesus Cristo, por sua misericórdia e por intercessão de sua Santíssima Mãe Santa Maria, de São Miguel Arcanjo e de todos os anjos de Deus, do nosso bem-aventurado Pai Francisco e de todos os santos e santas, que o próprio Pai celeste lhes dê e confirme esta santíssima bênção no céu e na terra: na terra, fazendo-as crescer na graça e em virtude entre seus servos e servas na sua Igreja militante; no céu, exaltando-as e glorificando-as na Igreja triunfante entre os seus santos e santas.
E as abençôo em minha vida e depois de minha morte, como posso com todas as bênçãos com que o Pai das misericórdias abençoou e abençoará seus filhos e filhas no céu e na terra, com os quais um pai e uma mãe espiritual abençoaram e abençoarão seus filhos e filhas espirituais.
Amém.




sexta-feira, 18 de setembro de 2009

ANIMAL PERDIDO-DICAS PARA ENCONTRAR

ANIMAL PERDIDO
DICAS PARA ENCONTRAR
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DICAS PARA QUEM PERDEU SEU CACHORRO
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Primeiro faça um círculo mentalmente em volta da casa onde o animal se perdeu, e cheque todos os lugares da região. Quanto antes você aplicar as medidas, mais chances de encontrar. As primeiras 24hs são fundamentais. Haja o que houver não desista nunca.
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PROCURAR NA RUA, O QUE FAZER?.
- Percorra todo o local a pé ou de carro, chamando o nome do animal.
- Converse com todas as pessoas pelo caminho, e entregue folhetos com foto e dados do animal.
- Procure informar carteiros, lixeiros, seguranças da rua, porteiros de prédios, motoristas de ônibus, pessoas que sempre andam pelo bairro. Inclusive peça ajuda ao carteiro para espalhar os panfletos (cartazes com foto) nas casas.
- Coloque cartaz/ folhetos em todas as caixas de correio da região.
- Vá em estabelecimentos do bairro com grande movimento e deixe cartazes, locais como padarias, mercadinho, igrejas, restaurantes, clínicas veterinárias, petshop, todos os locais possíveis.
- Atenção especial para divulgação em clínicas veterinárias e pet shop, possivelmente tem grandes chances do seu animal passar por esse lugar, se for encontrado por alguém. Pegue a lista telefônica, e faça um levantamento de todos os estabelecimentos da região, vá em cada um, e anexe o cartaz (com foto importante) e deixe avisado. Vá em TODOS os locais. E ligue sempre.
- Espalhe cartazes por todos os postes que você encontrar, por toda rua percorrida. Atenção, pois em alguns dias, alguns cartazes podem ter sido rasgados, vá aos principais locais novamente.
- Se possível coloque roupas com o seu cheiro e brinquedos do lado de fora da casa (se for possível), pois o odor pode percorrer grande distancia.
- Notifique a polícia se achar que seu animal foi raptado.
- Visite canis e abrigos da sua cidade. Sim são muitos e você deve ir em todos, faça um levantamento dos abrigos, leve o cartaz e visite pessoalmente, periodicamente. Principalmente os Centro de Controle de Zoonoses (ccz – conhecido como “carrocinha”) e Ligue sempre!
- Utilize carro de som pelo bairro, e publique o desaparecimento no rádio e jornal.
- Faça faixas e cartazes grandes, coloque uma faixa com foto na frente da casa, isso ajuda a mobilizar as pessoas.
- Saia a noite também, período mais silencioso e chame pelo nome do animal.
- Fale com o máximo de pessoas, espalhe que há recompensa e não desista nunca.
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COMO FAZER O CARTAZ/ FOLHETO.
Espalhar o cartaz com a foto e os dados do animal é fundamental. Porque muitas pessoas não conhecem determinadas características pela raça, e nem consegue visualizar o animal.
Coloque apenas as informações necessárias, coloque em tópicos, nunca texto corrido.
Coloque o mais simples e mais direto possível, para as pessoas que andam e passam olharem e assimilarem na hora, além de não perder muito tempo para ler toda informação.
Coloque no cartaz a palavra PERDIDO ou PROCURA-SE bem grande no topo, para chamar a atenção. Abaixo coloque uma foto boa do animal (dê preferência por foto colorida) e abaixo dela, coloque os dados por exemplo:
Raça – sexo – idade Depois pode colocar o nome do animal e o dia que foi perdido (00/00/00)Rua, bairro em que desapareceu
Contato: telefone e email – seu nome
RECOMPENSA (grande) – não estipule valores. Você pode imprimir e fazer no tamanho A4 – folha de sulfite inteira
E depois tirar xerox da folha, faça muitas, muitas cópias. Em geral é muito barato.
Xerox colorida, sai pouca coisa mais caro, mas compensa bastante.
Faça um folheto bem simples, com letras simples, para assimilação fácil e rápida.
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O QUE VOCÊ PODE FAZER ATRAVÉS DA INTERNET.
A Internet também é uma ferramenta ótima de busca.Vá aos sites de busca (exemplo Google) e digite: perdido+nome do bairro
Faça algumas buscas, que sempre aparece alguns anúncios de cães perdidos
Entre em todos os sites que tem animais achados e perdidos.
Faça um levantamento dos blogs de cães para adoção, sempre tem cães perdidos.
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O QUE VOCÊ PODE FAZER PELO ORKUT:.
O que você deve fazer no orkut é falar com o máximo de pessoas, entrar no máximo de comunidades e adicionar o máximo de pessoas possíveis. O ideal é fazer um novo perfil para isso, um perfil para o animal desaparecido
Com fotos dele, e o cartaz no álbum. Entre em todas as comunidades da raça do seu animal, entre em todas as comunidades de animais perdidos, comunidades do bairro e da região.
Nas comunidades da sua região, adicione o máximo de pessoas da comunidade, pois depois
Você irá enviar o cartaz pela página de recados (scrap) para todos da sua lista de amigos.Visite comunidades de adoção e doação de cães, e sempre visite os tópicos dos cães da raça do seu animal, e o tópico de perdidos.
Mande recado com cartaz do seu animal para todos os seus amigos do orkut.
Entre nas comunidades, e faça tópicos iguais, e sempre entre pra visitar (mantenha no topo)Deixe recados e fotos destrancadas, para permitir o máximo de ajuda.
Você pode inclusive com esse novo profile do orkut que você fez pro seu animal, escolher 3 amigos de confiança e passar (login e senha)
para eles entrarem com o perfil seu e ajudar a espalhar pelas comunidades e adicionar as pessoas do bairro, enquanto você faz as buscas na rua. Peça para as pessoas repassarem o cartaz para os amigos dela.
O cartaz pode ser igual ao cartaz colado na rua, mas em um tamanho um pouco menor.
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Autor do texto: Cap. Spaike
[Amizade, Lealdade e Proteção]



quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Os animais domésticos vão para o céu quando morrem?

Os animais domésticos vão para o céu quando morrem?
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Os teosofistas acreditam no Anima mundi, ou seja, na alma universal que está presente em todos os lugares. A alma significa "um poder invisível, como um ser distinto, parte de nosso ser vivente, manifestando-se através dos atos, pensamentos e idéias". Ela também é representada como uma substância luminosa, sob a forma de uma chama ou de um pássaro.
Na literatura teológica, encontramos a palavra pneuma; o sopro puramente espiritual que se dirige às regiões celestes. Mas, será que depois da morte de um animal de estimação, sua alma retornaria ao local de origem?
De certa maneira, os animais domésticos são diferentes dos animais que não recebem afeto, que vivem na natureza. A individualização entre os animais e seus donos é mais possível com cães e gatos.
De acordo com a Revista Dog Fancy, "os animais de estimação vão para o céu e isto depende de como o animal se comportou aqui na Terra. Suas atitudes determinam sua bênção divina", declarou rabino Gershon Winckler. A especialista em vida animal Mary Buddemeyer Poter acredita que "todos os animais vão para o céu já que são seres inocentes e livres do pecado". "Não importa como agiram na Terra, eles vão para o paraíso", diz o professor de Teologia da Universidade de Nottingham, na Inglaterra.
Segundo Brian Mc Sweenewy, vice-chanceler da arquidiocese de Nova York (EUA), "eles vão para o céu devido a ligação que seus donos tem com os mesmos, já que o céu foi criado para os humanos". Em agosto de 2001 foi realizada uma pesquisa na ABC News & Beliefnet onde 47% dos entrevistados acreditam que seus animais vão para um plano superior depois que morrem. A pesquisa foi feita por telefone com 1.018 adultos.
Há inúmeras identificações e correspondências entre os homens e os animais, arquétipos que representam as camadas mais profundas do inconsciente e do instinto. Contudo, apesar de seres irracionais, a maioria dos animais vivenciam a fraternidade, convivendo harmoniosamente com os seres humanos. Com os seus corpos, os animais expressam emoções. O instinto da preservação da espécie é notada em praticamente todos os animais.
Perpetuar a própria espécie é o instinto mais forte na natureza animal. Os zoólogos também relatam casos de adoção, onde as fêmeas costumam tomar conta de algum filhote abandonado. Na Bíblia, os animais foram apresentados à Adão e agrupados por espécies. Como o homem está associado ao processo de criação
- descrito por Moisés, estes recebem proteção divina e em nome da solidariedade das espécies, Deus proibiu o sofrimento inútil dos bichos.
Os animais aparecem em diversas religiões como guardiões dos templos. No Egito, a zoolatria era levada a sério. Um egípcio era capaz de deixar sua casa ser queimada por um incêndio pelo dever em socorrer seu gato. Várias múmias de gatos foram encontradas nos sepulcros egípcios. Para Shiva (divindade indiana) toda a forma de vida é sagrada e não existem diferenças entre os homens e animais. O interesse que o homem sente pelos animais, considerando-o como materialização dos próprios complexos psíquicos e simbólicos, percebe-se nos dias atuais com o zelo dos animais domésticos.
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Monica Buonfiglio
Portal Terra

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Eles mudam vidas

Deixe um bicho mudar sua vida
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Ganhar um amor, sair do luto, curar a solidão, emagrecer...
Cinco mulheres contam como cães e gatos mudaram os destinos delas pra sempre
Todo mundo conhece uma história de cachorro adotado, gato resgatado ou ninhada largada em caixas.
Apesar do descaso de muitas pessoas, todos os dias a solidariedade humana salva muitos animais.
Em troca, eles também mudam nossas vidas, sempre para melhor.
São muitos os benefícios de ter um bicho de estimação. Ele nos faz companhia sem pedir nada em troca. Ouve nossos segredos e não conta para ninguém. Arranca boas risadas quando estamos na fossa, e é um bom motivo para se exercitar e ter mais qualidade de vida. Não bastasse tudo isso, bichos se transformam conforme a necessidade do dono. Eles podem ser nossos filhos, companheiros, cupidos, médicos ou psicólogos. Fazem verdadeiros milagres na vida de quem abre uma portinha para amá-los."O ser humano é movido a afeto. Oferecer e receber carinho nos proporciona calma e bem-estar. Todos os dias eu aproveito esse convívio", afirma o veterinário Marcelo Quinzani.
Cinco mulheres contam como tiveram as vidas transformadas após adotar um bicho de estimação.Depois de ler esta reportagem, você vai ter vontade de abraçar o primeiro cachorro ou gato que surgir com aquele olhar ansioso por uma nova vida... para ele e para você!
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"Minha cadela me fez perder 9 kg"
"Desde que me separei, descontava tudo na comida. Meses depois, ganhei uma cadela que encantou meus pais.Com uma dieta cheia de biscoitos, pão de queijo e outras guloseimas, ela engordou rapidinho. Estava na hora de nós duas começarmos um regime!A dieta da Maria, minha cachorrinha, foi à base de ração e frutas. Já eu comecei uma reeducação alimentar. Três vezes por semana, nós duas fazemos caminhadas juntas.Hoje, quase um ano depois, eliminei 9 quilos, e Maria emagreceu 4 quilos. Queremos secar ainda mais. Fazemos uma boa dupla!
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Vania Lúcia Pereira, 29 anos, vendedora
"Meu cachorro curou minha mania por limpeza"
"Eu era maníaca por limpeza: quando a faxineira ia embora, eu começava a limpar tudo de novo. Com o tempo, vi que meu marido andava triste, e decidi dar a ele um cachorrinho de presente, o Chuby.Nos primeiros dias achei que fosse enlouquecer. Chuby destruiu tudo: roeu sofás, desfiou roupas e fez sujeira por toda a casa! Com o passar dos dias, ele foi ganhando espaço: saiu da lavanderia e, hoje, dorme no meu quarto. Ganha beijos, faz xixi no lugar certo, mas continua roendo almofadas... Mas, se eu sou muito mais feliz, vou fazer o quê?Chuby mostra todo dia que carinho é mais importante que casa brilhando.
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Cristina Duncan, 51 anos, funcionária pública
"Saí do luto com as gracinhas de um gato"
"Quando minha mãe faleceu, tive de cuidar de uma casa e de três irmãos mais novos. Meu namorado vivia dizendo que eu deveria ter um gatinho para animar o lar. Até que, finalmente, adotei um gato. Mercurius teve diarréia e não parava de fazer sujeira por todos os cômodos.Entrei em desespero: ele tinha poucas chances de sobreviver. Foi então que minha vida mudou. Justo eu, que não ligava a mínima para bicho, estava angustiada com o novo membro da família.Mercurius não só sobreviveu como esbanja saúde e, agora, vive com nove irmãos gatos. Há três meses resgatei também um cachorro vira-lata. Ele está astrado, à espera de um dono que o ame muito.
Hoje, vivo entre bigodes, arranhões, miados e latidos. Onde minha mãe estiver, sei que deve estar feliz em ver nossa casa cheia de luz - e de bagunça, muita bagunça!"
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Beatriz Levischi, 28 anos, escreve no blog Gatoca (www.gatoca.blogspot.com)
"Ganhei uma 'filha' depois que meu filho saiu de casa"
"Eu me separei quando João Gabriel era pequeno. Então, durante a vida inteira fomos só nós dois dentro de casa. Hoje ele tem 25 anos e, há pouco tempo, foi morar sozinho.É ótimo para ele, mas meu coração e minha casa ficaram tão vazios...Sentia falta de alguém ao lado, trocando afeto. Até que vi numa loja uma coisinha bem pequenininha,com lindos olhinhos alegres. Fiquei apaixonada! Claro que a trouxe para casa, né?
Hoje, se fico chateada ou com saudade do meu filho, a Nina faz gracinhas para me distrair. Quando viajo, ela fica até sem comer! É ela quem me dá forças quando estou triste ou preocupada.
Um filho não é substituído nunca, mas com a Nina por perto ficou mais fácil superar a distância do João Gabriel."
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Beth Goulart, atriz
"Meu cachorro me deu um marido e R$ 60 mil"
"Eu me formei veterinária por amor aos animais. Quando conheci meu marido, logo soube que deveríamos ficar juntos: é que me apaixonei também pelo Marley, o boxer dele.
Quando decidimos nos casar, nosso 'cupido' carregou as alianças na coleira até o altar. Marley se comportou muito bem e foi a atração da festa! Nossos amigos adoraram.
Com tanto sucesso, não resisti quando vi na TV uma promoção que convidava as pessoas a contar uma história de vida que não tem preço.
Escrevi sobre meu casamento e fui escolhida para gravar um comercial de TV.
No final das contas, ganhei um prêmio de R$ 60 mil!"
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Paula Helena Lopes, 31 anos, veterinária
fonte: site mdemulher.abril.com.br/animais/reportagem/comportamento



domingo, 13 de setembro de 2009

Focinhos

FOCINHOS
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Ah, se as pessoas soubessem o que há por trás de um focinho,
Focinho úmido, geladinho,
Preto, marrom, desbotadinho;
Ah, se as pessoas soubessem o valor de um focinho,
Focinho medroso ou metido,
Focinho manhoso, carinhoso,
Simples amigos focinhos;
Ah, se as pessoas tivessem ao menos um focinho,
Não sobre o própio rosto,
Mas em carne, pelo e osso,
Fonte pura de carinho;
Ah, se as pessoas protegessem os focinhos,
Focinhos que vivem sozinhos,
Amores desperdiçados, focinhos amargurados,
Focinhos pra todo lado;
Ah, se as pessoas conhecesem os focinhos,
Quanto Amor, quanto Carinho,Anjos peludos, sem narizinhos;
Anjos fofos atrás de focinhos;
Ah, se eu pudesse ver todos os focinhos,
Amados e acolhidos,
Crianças da criação, anjos de bem querer,
Focinhos em plena evolução;
Ah, se as pessoas soubessem,
Quanto amor e dedicação,
Quanta vida, quanta paixão,
Quanto vale o amor de um focinho.
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CLAUDIA ZIPPIN FERRI
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sábado, 12 de setembro de 2009

Os animais têm alma e podem voltar à Terra como humanos

Irvênia Prada,
professora e orientadora do curso de pós-graduação em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP
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Os animais têm alma e podem, em uma outra vida, voltar à Terra como humanos. Essa afirmação é da veterinária Irvênia Prada, 69 anos, professora e orientadora do curso de pós-graduação em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP).A teoria de Irvênia sobre a alma dos animais, no entanto, está relacionada aos estudos em sua religião, o espiritismo. Autora dos livros "A Alma dos Animais" (Editora Mantiqueira) e "A Questão Espiritual dos Animais" (Editora Folha Espírita), Irvênia participou na noite de quinta-feira (24) de uma conferência na Associação Espírita de Maringá (Amem), onde afirmou que os animais têm vida após a morte.
A professora acrescenta que é possível que os homens e seus animais de estimação voltem a se encontrar "do outro lado". Mas, se os animais um dia podem virar gente, seria possível um humano voltar à terra como um cachorro ou gato? Irvênia diz que não, porque dentro do conceito de evolução dos espíritos, defendido pela doutrina espírita, não há retrocesso.
A veterinária diz que os animais que viram lata de lixo hoje podem sofrer menos na próxima vida. E que os sofrimentos dos animais abandonados nas ruas não necessariamente representam o pagamento de pecados de vidas anteriores, mas parte de um aprendizado. Leia a seguir os principais trechos da entrevista.
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O DIÁRIO - Como a senhora chegou à conclusão deque os animais têm alma?
IRVÊNIA PRADA - Na vivência da minha profissão de veterinária, comecei a me perguntar por que os animais sofrem. Na doutrina espírita, a gente fala que quando as pessoas sofrem elas estão amadurecendo.Sempre as pessoas relatam que saem amadurecidas e mais espiritualizadas após uma doença ou um grande trauma. E eu via na minha profissão os animais terem câncer, epilepsia, enfim, toda sorte de sofrimento que os homens também têm. Então, resolvi estudar dentro do espiritismo a explicação para o sofrimento dos animais e comecei a entender que eles, como os seres humanos, também estão evoluindo. E nesse processo evolutivo de amadurecimento do espírito, a dor e o sofrimento são subprodutos da evolução.
Qual a dívida de um cachorro para ele passar a vida revirando lixo, enquanto outro só come ração importada?
São todos espíritos em evolução. Como eles também reencarnam e vão ter outras oportunidades, nem sempre eles vão nascer como animais que serão maltratados ou bem cuidados. Os próprios espíritos que cuidam da reencarnação dos animais orientam os animais que sofreram em uma vida para que tenham uma família mais aconchegante. Enfim, em toda essa trajetória evolutiva nós estamos aprendendo, inexoravelmente.
Emmanuel, que é um espírito que nos ajuda muito com suas obras, diz que na escola da vida, onde estamos todos matriculados, as aflições nos impingem esse esforço que chamamos de sofrimento. Ele também diz que nós nem sempre estamos sofrendo para resgatarmos dívidas do passado, mas sim para aprender.
É possível que uma pessoa hoje tenha sido um bicho no passado?
É possível, sim. Porque o chamado princípio inteligente, que é o espírito criado simples e ignorante, vai estar estagiando por milhares de processos reencarnatórios para ir aprendendo. Diz Emmanuel, esse mesmo autor que acabei de citar, que o animal caminha para a condição de homem, tanto quanto o homem caminha para a condição da plenitude. É um processo evolutivo a que todos tendemos.
A senhora acredita que possamos encontrar nosso animal de estimação "do outro lado", quando morrermos?
Sim. No meu livro "A questão espiritual dos animais", que trata desse assunto, tem um caso que consta do livro "Testemunhos de Chico Xavier", da autora Suely Caldas Schubert. Ela conta que Chico Xavier escreveu uma carta a Vantoil de Freitas, então presidente da Federação Espírita Brasileira na década de 50. Chico dizia na carta que seu irmão, José, ao desencarnar havia recomendado que ele cuidasse muito bem de seu cachorro, o Lorde. Chico conta que Lorde viveu mais alguns anos, ficou doente e desencarnou. Ele diz que durante o desencarne do cachorro, viu José vir acolher nos braços o espírito de Lorde. Deve ter sido uma cena lindíssima. E ele complementa contando que nos meses que se seguiram, quando José lhe vinha na presença em espírito, estava sempre acompanhado da presença do Lorde aos seus pés. Então, é possível sim que espíritos humanos e espíritos dos animais se reencontrem após o desencarne.
Nesse conceito de que os animais podem virar humanos em outra vida, quem cuida dos bichos também estaria quitando alguns de seus pecados com o próximo?
Dentro da conceituação espírita não existe essa expressão "pecado".
Nós, como seres em evolução, nem sempre nos conduzimos de maneira adequada em determinadas situações. Então, pode ser que, em outra encarnação, tenhamos a oportunidade de rever uma situação semelhante, para agir de uma maneira adequada. Tudo é um aprendizado e nós falamos assim: estamos resgatando débitos do passado. Mas ainda acho que é uma expressão um pouco depreciativa, creio que hoje estamos aprendendo a atuar e a agir de uma forma mais adequada que em situações anteriores.
Acredita-se ser possível que um homem volte em outra vida como animal?
Não. Na questão 612 do Livro dos Espíritos, que é o livro básico da codificação espírita, Allan Kardec faz a mesma pergunta aos espíritos. E a resposta é que não. Isso caracterizaria a doutrina da etempsicose, presente em algumas culturas, como no antigo Egito.
Nenhum espírito retrocede, o rio não remonta à fonte. Então, espíritos humanos jamais encarnariam em corpos de animais. É sempre uma aminhada para frente.Dentro do conceito de evolução dos espíritos, defendido pela doutrina espírita, onde a Terra não seria o ponto mais alto na escalada do espíritos, é possível que em outras encarnações, ao partir para mundos mais evoluídos, o homem nasça como animal de estimação de seressuperiores?
Não sei dizer se essa situação pode se caracterizar. A gente sabe que não é só a Terra que é habitada, existem muitos planetas por aí.
Aliás, quando a gente fala em elo perdido na teoria darwiniana, os espíritos dizem que é muito provável que esse elo esteja encarnado em outro planeta. Seria um lugar de período transitório, entre a Terra e outro planeta mais atrasado. Mas essa situação, para adiante da Terra, não sei dizer como deveria ficar. Só sei que há outros mundos habitados por espíritos mais evoluídos. No Livro dos Espíritos tem uma classificação dos espíritos e dos mundos. A última classe seria dos espíritos puros, que são aqueles que já tem toda sabedoria possível e habitam planetas muito mais evoluídos que a Terra. Nosso planeta é um dos mais atrasados que existem nessa ordem evolutiva. Existe o primeiro nível, que é dos planetas primitivos, como a Terra quando estava na época da pedra lascada. O nosso estágio atual é de provas e expiações, onde ainda a maldade, a violência e a doença prevalecem. O próximo estágio, ao qual a Terra logo será promovida, é o de planeta de regeneração, onde o esforço para melhorar será maior que o que fazemos agora.
Essa mudança de estágio seria gradativa ou marcada por eventos bruscos?
Os espíritos falam em desencarnes coletivos, que já estão acontecendo ao longo das décadas. Quando a população do planeta vai evoluindo e começam a aumentar os extremos - no planeta começa a ficar gente muito ruim e gente muito boa -, a convivência fica muito difícil. A tendência é que esse pessoal da pesada, que ainda não evoluiu, seja transferido para outro planeta que esteja como a Terra é agora. E que os bons fiquem na Terra, que será promovida. Vamos torcer para que a gente esteja nessa parte que vai ficar aqui.
Como é a aceitação do público quando a senhora fala sobre a existência de alma nos animais?
As pessoas aceitam muito bem. Alguns espíritas mais antigos dizem ter dificuldade em acreditar que o homem tenha passado pela chamada fieira animal, que é a expressão que têm nos livros espíritas, mas essa é a interpretação de cada um. A doutrina espírita é muito aberta e não nos obriga a nada. Kardec sempre deixou as coisas muito abertas para que pudéssemos entender no nível de nosso conhecimento. Jesus mesmo falava em parábolas com essa intenção, de que cada um entendesse à sua maneira, de acordo com seu patamar evolutivo.
Normalmente, explora-se em filmes que os animais teriam capacidade de ver espíritos. Isso ocorre?
É sabido que os animais vêem, ouvem e sentem a aproximação de espíritos. Tem aquele caso bíblico da mula de Balaão, em que o anjo se apresentou primeiro à montaria e depois ao próprio Balaão. Eu, que sou nascida no sítio, ouvia muitos casos que tem cavalo que não passa por determinados lugares. Uma possibilidade nesses casos é que seja algum lugar em que eles vejam espíritos ou alguma coisa que não convenha.
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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Estrelinhas, Fred, Cléo e Meguie



Nós já tivemos que nos despedir de grandes amiguinhos que viraram estrelinhas.

Foram eles:


†21/12/06

MEGUIE

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Uma linda cadelinha que amava crianças e as defendia do "perigo".

Partiu aos 10 anos.

*****


†22/01/08

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CLÉO

Uma porquinha da índia mansinha e que adorava nossa presença




†30/01/09


FRED

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Um cãozinho esperto, lindo que nos deixou no dia 30/01/2009.

Ainda estamos de luto e sofrendo com essa perda.
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Brinquem ...

Brinquem muito Amados!!!

Saudades...

Muitas Saudades...

Amo vocês

"Srª Brant" ...

๑•ิ.•ั๑

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Estrelinhas, Tutu, Gordo e Brenda



TUTU

 


GORDO




BRENDA



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Amados da minha vida

Hoje estrelinhas no céu

Amo vcs!

Brinque, Brilhe...

Saudades...


Sueli Aparecida



sábado, 5 de setembro de 2009

Humanos e cães: uma velha relação

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Você pode não estar ciente disso, mas nesse exato momento várias espécies convivem com você numa relação muito íntima. Estima-se que haja por volta de 100 trilhões de microorganismos em todo o nosso corpo: estômago, pele, intestino, axilas, boca, entre outros. A convivência com outros seres é parte da vida humana, sejam as relações harmônicas ou desarmônicas.
Mais uma ligação entre humanos e outras espécies, que nem sempre é vista pelo ângulo das relações entre diferentes seres vivos, remonta há milhares de anos. Trata-se da relação entre os humanos e todos os animais domesticados, alguns visando à produção de leite e consumo de carne, por exemplo, e outros para a companhia, como os animais de estimação.
Criar animais de estimação é uma atividade muito comum entre nós, e costumamos gastar muita afeição e dinheiro com eles. Existem indícios de que a associação dos humanos com os cães, os mais populares dentre os pets, tenha começado há aproximadamente 12.000 anos. Fornecer tantos recursos a outra espécie não é tão freqüente no reino animal. Sendo assim, por que os humanos fazem isso com seus cachorros?
A convivência entre nós e outros seres vivos tem sido estudada por biólogos, que as classificam em, basicamente, três tipos: quando há benefícios para ambas as partes, como no mutualismo; quando somente uma das partes é beneficiada e a outra é indiferente, como no comensalismo; e quando é benéfica para uma das partes e maléfica para a outra, como no parasitismo.
Apesar de convivermos com muitos outros seres vivos, como no caso da relação benéfica com as bactérias que habitam nossos intestinos, os cientistas que estudam o comportamento animal e psicólogos evolucionistas se intrigam com a relação entre humanos e animais de estimação. A questão é como, do ponto de vista evolutivo, desenvolvemos uma relação tão similar a que temos com outros humanos – com fortes laços emocionais – com uma outra espécie.
A análise das relações entre seres vivos em termos de benefícios e malefícios pode nos dar dicas de como evoluiu essa relação tão peculiar. Podemos olhar para as vantagens ou desvantagens que os cães nos proporcionam hoje como uma dica do que teria acontecido ao longo do nosso passado conjunto. Para a nossa relação com os animais de estimação ter sido adaptativa no sentido evolutivo, é preciso que ela tenha trazido vantagens adaptativas aos nossos antepassados e os benefícios, superados os custos. Essa é uma parte da resposta à pergunta por que gostamos de nossos cães, pois se refere a um nível de explicações numa escala temporal distante. Vamos agora lançar nosso olhar para mecanismos evolutivos, que levam milhares de anos para se estabelecer.
Para sabermos se nossa relação com o cão se enquadra mais no mutualismo, comensalismo ou parasitismo precisamos examinar as vantagens e desvantagens para cada um dos envolvidos. Não se esqueça de que essas vantagens e desvantagens são analisadas pelos cientistas de agora, e não foram assim vistas e vividas pelos nossos ancestrais e os dos cães. O que eles sentiam trata-se de um nível mais próximo de análise, que será discutido mais adiante.
As vantagens para os animais são óbvias: nós somos fonte de alimentação, abrigo, proteção e cuidado para eles, e ainda favorecemos sua procriação. As lojas de pet shop têm aproveitado a nossa dedicação a eles – compramos diversas rações, bolachas, brinquedinhos, casinhas, ossinhos, enfim, uma miríade de produtos. Provemos muitos recursos aos nossos animais, alimentando-os, protegendo-os e levando-os ao veterinário quando ficam doentes.
Para os cães as vantagens dessa relação tão próxima com os humanos são imensas; sua população se tornou muito maior do que seria caso não houvesse essa associação com os humanos. Imagine seus parentes lobos nas florestas - cada vez mais degradadas - o quanto têm que se esforçar para conseguir alimento diariamente, fugir de predadores, se abrigar de fenômenos climáticos, se recuperar de doenças e machucados, enfim, sobreviver e se reproduzir não é nada fácil. Nossos cães, em geral, vivem bem mais sossegados, excluindo-se os casos de maus tratos, que em nossa sociedade são passíveis de punições na justiça. Felizmente, a conscientização para o bem estar animal tem crescido.
Para os humanos, há uma vasta literatura falando sobre os benefícios na saúde fisiológica e psicológica que os animais nos proporcionam. Por exemplo, menor incidência de doenças cardiovasculares, redução dos níveis de triglicérides, colesterol e pressão sanguínea, melhor recuperação e maior taxa de sobrevivência a infartos do miocárdio, menor incidência de doenças, diminuição das reações típicas do estresse, maior bem estar psicológico, maior taxa recuperação de doenças psiquiátricas e aumento do cuidado pessoal e da auto-estima. Além disso, cães treinados são amplamente utilizados na assistência de pessoas com deficiências e idosos. Pelo menos hoje em dia, possuir um animal de estimação pode fazer muito bem a seu dono. Contudo, é difícil avaliar se os benefícios na saúde são suficientes para uma contribuição discernível em nosso passado evolutivo e se superaram os custos de manter um animal.
Por isso há uma discussão acerca de como a relação entre os seres humanos e os animais de estimação seria classificada do ponto de vista das relações entre os seres vivos. Alguns autores, como Serpell, acreditam que a relação entre animais de estimação e humanos é de mutualismo. Ele argumenta que os animais têm sido úteis aos humanos para transporte, vestimenta, caça, alimentação e como animais de estimação. Outros argumentam que a relação seria de comensalismo, pois o que proveríamos aos animais não nos seria tão custoso. Porém, John Archer, outro pesquisador, tem uma hipótese curiosa: a relação seria de parasitismo, porém de um tipo especial - o parasitismo social.
Parasitismo social é a situação em que uma espécie manipula o comportamento da outra para obter um benefício, sem fornecer vantagem em troca à altura. Por exemplo, o pássaro cuco bota seus ovos em ninhos de outras espécies de pássaro, e seus filhotes manipulam o comportamento dessas outras espécies, fingindo ser um legítimo filhote, de modo que elas os alimentam e os protegem.
Archer nos convida a olhar para as características faciais e comportamentais dos cães: face rechonchuda, movimentos desajeitados, testa larga, olhos expressivos. Há tempos estudiosos do comportamento humano sabem que tendemos a responder de uma forma parental a certas
características faciais e corporais encontradas em bebês humanos. Isso quer dizer que sentimos vontade de cuidar e proteger seres que apresentem essas características, que são típicas dos bebês humanos. Por isso somos facilmente atraídos por personagens de desenho animado como o Piu-piu, o Dumbo e o Mickey Mouse, gostamos de acariciar brinquedos como ursos de pelúcia, e nos atraímos tanto por animais a quem muitas vezes tratamos como bebês – os cachorros, por exemplo.
Há evidências convincentes de que as pessoas usualmente vêem sua relação com seus animais de estimação como similares às que têm com seus filhos. Os donos de animais de estimação os tratam como crianças, por exemplo, brincando com eles, falando com um tom materno - a chamada fala “tatibitate” - continuamente se referem a eles como “meu bebê”, e cuidam e os acariciam como se fossem bebês humanos, mesmo quando o cão já é adulto. Em um estudo de Berryman e pesquisadores, foi encontrado que os animais de estimação são vistos como tão próximos quanto “o próprio filho” entre humanos. Outras evidências de que os animais atuam como substitutos de crianças podem ser encontradas em estudos de outras culturas: eles incluem até mesmo a amamentação de animais filhotes por mulheres lactantes.
Archer diz que em nosso passado evolutivo, os cães como que manipularam as respostas parentais humanas, assim como os cucos. Trata-se de uma voz ativa, porém o que se quer dizer é que quando começamos a criar cachorros, selecionamos os que tinham características de bebês humanos porque elas nos atraem, e ao longo das gerações esses animais foram se reproduzindo e hoje estão largamente representados – é o que se chama de domesticação. Os cães podem ser considerados como manipuladores da espécie humana, no nível de análise evolutiva.
É claro que essa manipulação não implica intenção consciente – nenhum cão pensa que está manipulando seu dono através de expressões faciais e comportamentos que desencadeiam nossa vontade de cuidar e protegê-los. Lembre-se de que estamos no nível distante. Manipulação é um termo evolucionista que aqui significa conseguir benefícios do hospedeiro humano aproveitando-se de dispositivos comportamentais já existentes. Mas os cães não pensaram e não pensam em nos manipular intencionalmente. Eles simplesmente têm características que gostamos, nos dão carinho e gostam verdadeiramente de nós, assim como nós deles. No nível de análise próximo, ou seja, falando-se em um cão e uma pessoa, é isso que acontece. Os termos evolucionistas são usados numa análise maior, ao longo de várias gerações, e não implicam em intenção dos seres.
Assim, agora vamos para uma análise em nível próximo, no âmbito de nossas vidas – a segunda parte da resposta à pergunta do por que gostamos de cachorros. Essa análise já começou antes, quando falamos que os cães parecem bebês. Temos desenvolvido com os cães laços fortes. Há várias pesquisas sobre a importância que um cachorro pode ter na vida de uma pessoa. Além daquelas que vimos sobre como um cão pode ser considerado como um filho, outras peculiaridades da relação tem sido estudadas. E uma relação tão próxima e emocional também interessa aos psicólogos em geral, que cada vez mais têm se deparado com questões acerca da relação entre humanos e cachorros.
Há estudos que apontam que a relação emocional com os cães pode ser considerada como substituta àquelas que se têm com um cônjuge ou com os próprios pais. Foi feita uma pesquisa intercultural sobre animais de estimação e se encontrou que os animais servem a uma variedade de papéis além do de “filho”. O cachorro parece suprir, em muitos casos, uma necessidade emocional. Ele pode ser uma fonte de segurança, e quando as pessoas se sentem ansiosas o cão pode ter um efeito calmante. Assim, a natureza do laço entre humanos e cães contém um forte elemento de segurança, e ele pode substituir a companhia de um outro humano.
O apego emocional que temos com os cães é enorme. Pesquisadores construíram um questionário contendo frases que indicavam níveis de apego com um cachorro de estimação, como, por exemplo, carregar a fotografia do cachorro, deixá-lo dormir em sua cama, freqüentemente falar e interagir com ele, e defini-lo como um membro da família. Os dados indicaram altos níveis de apego entre donos e seus cachorros. Quase a metade definia seu cachorro como um membro da família, 67% carregava uma fotografia dele em sua carteira, 73% deixava eles dormirem em sua cama e 40% comemorava o aniversário do cachorro. As mulheres apresentaram um apego mais forte com seus animais do que os homens.
Um outro estudo também mostrou forte apego por parte de muitos donos, em que muitos entrevistados concordaram com itens tais como ver o animal como uma importante parte de suas vidas e como aquele que promove um senso de conforto.
Relatos sobre as reações à perda de um animal de estimação também mostram como é forte o apego desenvolvido. O pesar de perder um animal de estimação pode ser igual ao custo de perder uma pessoa amada. O processo de luto envolve angústia, pensamentos e sentimentos que acompanham o lento processo de se despedir de uma relação estabelecida. Estudos indicam que há claros paralelos entre as variadas reações que as pessoas apresentam seguidamente à perda de um animal de estimação àquelas sentidas por uma perda de um relacionamento entre humanos.
Uma visão comum, principalmente entre aqueles que não têm animais de estimação, é a de que esse sentimento forte com cães indica que a pessoa tem uma inadequação nas relações interpessoais com outros humanos. O apego com os animais de estimação pode não ser bem visto e julgado como típico de pessoas socialmente desajustadas, imaturas e fracas, como se fosse errado destinar afeição a outra espécie. Serpell acredita que essa visão pode vir da tradição judaico-cristã da Europa ocidental de considerar que os animais foram criados para servir ao homem, que deve então dominar essas consideradas criaturas inferiores e nunca se equiparar a elas. A Biologia atual não considera os outros animais inferiores ao homem, que também é um animal.
Algumas pesquisas foram feitas e encontraram mais características de personalidade consideradas positivas entre aqueles que têm animais de estimação do que os que não têm. Também foi encontrado que as pessoas que têm relações mais fortes e seguras com outros humanos são as que têm apego mais forte com seus animais, contrariando a idéia de que seriam desajustadas socialmente.
Uma outra visão que se tem é a de que essa relação com animais de estimação é específica ao mundo ocidental moderno. Contudo, evidências arqueológicas, geográficas, históricas e antropológicas contrariam essa idéia. Evidências da domesticação dos cães remontam milhares de anos atrás – incluindo um humano enterrado junto a um cão. Várias evidências fósseis indicam que a domesticação dos cães começou quando os pegamos como animais de estimação, e não para outros propósitos, como a caça. Além disso, possuir animais de estimação foi comum na Grécia e Roma antigas, e em vários locais da Europa, China, Japão e África, e até mesmo em sociedades tribais, como na América do norte e do sul e na Austrália. Assim, possuir um animal por afeição e não para fins alimentícios ou de trabalho - na sociedade ocidental denominado como animal de estimação - tem sido comum nas sociedades humanas em geral.
É claro que na sociedade ocidental atual há condições para que possuir animais de estimação seja muito comum. Os arranjos sociais favorecem os laços com os pets: a demografia está caindo, as famílias são menores e estão sendo modificadas, com mais pessoas morando sozinhas. Apesar da falta de evidência para que as pessoas que se ligam aos seus animais serem desajustadas socialmente, as pessoas que moram sozinhas ou não têm filhos parecem ser mais apegadas aos seus animais, o que não significa que tenham dificuldades no contato com outros humanos.
Além disso, a sociedade ocidental parece enfatizar a individualidade, a racionalidade e o controle, o livre-arbítrio e o materialismo, diferentemente de sociedades tradicionais que enfatizam valores comunitários, a expressão emocional e a espiritualidade. Essas diferenças afetam as crenças e atitudes das pessoas. Assim, a atividade de possuir animais de estimação pode ser muito acentuada no ocidente talvez pelo preenchimento de necessidades emocionais que os animais proporcionam, e que em outras sociedades são supridas de outras maneiras. Contudo, estudos transculturais indicam que possuir animais de estimação está mais relacionado com tradições e crenças a respeito dos animais – como a idéia de que são inferiores, pouco dignos do cuidado humano – do que com a extensão da família ou com a dimensão coletivista ou individualista da sociedade. Porém, em uma tradição cultural particular, a existência de menos contatos sociais pode acentuar o apego aos animais.
Alguns autores têm sugerido que os cães podem agir como catalisadores sociais: esses animais aumentariam a freqüência de interações sociais e elevariam ou reforçariam a rede de relações entre pessoas. Em pesquisas feitas, o animal agiu como um facilitador de contato inicial, “quebrando o gelo”, removendo inibições em conversas casuais, e provendo um tópico neutro e seguro de conversação. Wood e colaboradores confirmaram esta linha de pensamento em entrevistas realizadas na Austrália. Eles encontraram relação positiva entre proprietários de animais de estimação e formas de contato social, interação e percepção de amizade entre vizinhos. Os proprietários tiveram maior índice de engajamento social, referindo-se a aspectos da vida social (como normas, confiança mútua e redes sociais) que fazem com que pessoas ajam em conjunto de forma mais eficiente e para atingir um objetivo comum.
No estudo de passeio real com cães dos pesquisadores ingleses Nicholas e Collis, experimentadores passearam com e sem um cão. Mais desconhecidos se aproximaram deles quando estavam com o cão do que quando estavam sozinhos. Outro pesquisador demonstrou que donos de cães conversam mais com outras pessoas quando passeiam com seus cães no parque do que quando vão sozinhos. Como vimos anteriormente, há vários estudos sobre os benefícios na saúde que os cães podem proporcionar, e normalmente isso é atribuído ao conforto emocional que promovem. Porém, Nicholas e Collis argumentam que essa melhora na saúde pode ser também efeito do aumento das interações sociais que promove. A sensação de integração social que possuir um animal de estimação pode ter contribuiria também para elevar o bem-estar de seus donos.
Enfim, a velha asserção “o cão é o melhor amigo do homem”, em termos evolutivos pode ser invertida para “o homem é o melhor amigo do cão”. Porém, no âmbito de nossas vidas os cães têm assumido vários papéis, mas que podem ser resumidos como o de amigo. Para unir os sentidos evolutivos e o da nossa vida ficaria melhor então: cães e homens, uma velha relação de amiz
ade.
Adaptado do original "Por que gostamos de cachorros?" publicado na revista Psique Ciência & Vida, Editora Escala, número 32.
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Referências
ARCHER, J. Why do people love their pets? Evolution and Human Behavior, v. 18, p. 237-259, 1997.
McNicholas, J.; Collis, G. Dogs as catalysts for social interactions: robustness of the effecf. British Journal of Psychology, v. 91, p. 61-70, 2000.
SERPELL, J. A. Beneficial effects of a pet ownership on some aspects of human health and behaviour. Journal Animal Behaviour Science 47: 49-60, 1996.