Hino à Santa Clara
Do dia onze de agosto
o sol já nos aclara;
rainha da pobreza,
fulgura Santa Clara.
Deixando a sua casa,
seguindo São Francisco,
as mais brancas ovelhas
reúne em seu aprisco.
As suas tranças de ouro
sem pena vê cortadas;
mais brilha o véu grosseiro
das virgens consagradas.
Na mesa do convento
Francisco e Clara ceiam,
mas súbito, entre chamas,
em êxtase se alteiam.
Bem tempo após Francisco,
a flor tomba da haste,
Dizendo: “eu te agradeço,
ó Deus, que me criaste!”
Ao Deus que é uno e trino
um só louvor é dado.
Bendito seja ele
por Clara haver criado!
Hino II
Santa Clara tudo aclara
com seu fúlgido clarão;
de Jesus se torna esposa,
a Francisco dando a mão.
Ele corta-lhe os cabelos
e os coloca sobre o altar:
nada mais ela possui,
nada mais tem para dar.
Eis irmão Sol e irmã Lua
a brilhar no mesmo céu:
um se despe em plena praça,
outra oculta-se num véu.
Ambos cingem-se de estrelas,
triunfal constelação.
a vestir a mesma estopa,
dividir o mesmo pão.
Demos glória ao Pai e ao Filho
e ao Espírito também.
Em Francisco, uns aos outros
nos saudemos:
“ Paz e Bem!”
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Saudade lembrada, saudade sentida, saudade hoje e para o resto da vida...saudade eterna!
Nosso pedacinho do céu...