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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

ANIMAIS E MEDIUNIDADE


Existe a mediunidade nos animais?

Essa questão tem sido levantada com frequência e alguns fatos parecem responder a ela de modo afirmativo. O que deu crédito a essa opinião foram os sinais notáveis de alguns cães e gatos domésticos, pássaros e cavalos que parecem enxergar algo que para os humanos não é possível. O mais correto seria usar o termo “sexto sentido” do que mediunidade.
Não se pode negar que eles possam estar vendo algo e, em certas circunstâncias, a perspicácia dos animais ultrapassa o limite do razoável.
Os anjos e os espíritos podem usar animais ou aves numa intenção de proteger seus donos.

O sexto sentido do animal é igual a dos seres humanos?
Claro que não. O sexto sentido ou a percepção extrassensorial depende de um veículo inteligente. Os animais teriam esse sexto sentido, mas de modo diferente dos humanos.

Os animais têm alma?
A ciência rejeita a existência da alma, mas alguns filósofos a admitem. A principal designação da alma, quando indagada, é um 'sopro'. É importante frisar que animais têm alma, mas diferente do que entendemos de alma dos seres humanos.

Animais captam as energias negativas dos humanos?
Para o espiritismo, alguns animais conseguem pressentir algo no ar e geralmente estão certos. Além disso, atuam como antenas que captam a energia negativa das pessoas que não desejam o bem para seus donos.
Os animais são aptos, como os homens, a servir de intermediários aos espíritos para as suas comunicações, porém em outro nível.

Quando os animais morrem, podem viver no plano espiritual?
Sim, porque são dotados de alma. Para os cristãos, eles iriam para o “paraíso” e para os espíritas, iriam para o plano espiritual que em síntese significam praticamente o mesmo.
Após a morte de um animal, sua individualidade é conservada no mundo espiritual ou universo superior (céu) e segue uma lei progressiva assim como a dos homens. Nesse céu, ou mundo superior, onde os espíritos dos seres humanos são mais avançados, os animais também o são, tendo meios de comunicação mais desenvolvidos.

Como outras religiões entendem o fato de os animais irem para o céu?
'Os animais de estimação vão para o céu e isto depende de como o animal se comportou aqui na Terra, para determinar sua bênção divina', explica o rabino Gershon Winckler. A especialista em vida animal Mary Buddemeyer Poter acredita que 'todos os animais vão para o céu, já que são seres inocentes e livres do pecado'. 'Não importa como agiram na Terra, eles vão para o paraíso', disse um professor de
Teologia da Universidade de Nottingham, na Inglaterra. Segundo Brian Mc Sweenewy, vice-chanceler da arquidiocese de Nova York (EUA), 'eles vão para o céu devido à ligação que seus donos têm com os mesmos, já que o céu foi criado para os humanos'.

Os animais conseguem ver anjos ou espíritos?
Os anjos e espíritos podem se tornar visíveis e tangíveis para os animais. Muitas vezes o pavor súbito de que são tomados é causado por uma visão de algo. Até se comunicam com eles, pois têm uma visão mais penetrante que lhes permite distinguir os sinais que os espíritos fazem.
Avistamos cavalos que não querem nem avançar nem recuar ou que empinam diante de um obstáculo imaginário. Podemos nos lembrar da 'mula de Balaão' (Números, capítulo 22), que, vendo um anjo diante dela e temendo sua espada flamejante, obstinava-se em não se mover. Isso porque, antes de o anjo se manifestar visivelmente à Balaão, o ser angélico quis se tornar visível apenas para o animal.

Além do sexto sentido, são dotados de sentimentos?
Sim. Há inúmeras identificações e correspondências entre os homens e os animais, arquétipos que representam as camadas mais profundas do inconsciente e do instinto. Contudo, apesar de considerados seres irracionais, a maioria deles vivencia a fraternidade, convivendo harmoniosamente com os seres humanos. Com os seus corpos, expressam emoções e o instinto da preservação da espécie que é notado em praticamente todos eles.
O biólogo inglês Rupert Sheldrake (1942), formado em Ciências Naturais pela Universidade de Cambridge, PHD em bioquímica e escritor, explica que os animais se utilizam quase que diariamente de um sexto sentido. Ele pesquisou e entrevistou veterinários, cegos que se utilizavam de cães-guias, profissionais que trabalhavam em zoológicos e donos de canis. Depois de uma pesquisa intensa, realizada nos EUA e Inglaterra, reuniu 1.500 documentos. Ele concluiu que os animais domésticos têm uma percepção extra-sensorial. Não só eles, mas também os papagaios, répteis, macacos, cavalos e ovelhas.

Animais curadores
Os animais aparecem em diversas religiões como guardiões dos templos. No Egito, a zoolatria era levada a sério. Um egípcio era capaz de deixar sua casa ser queimada por um incêndio pelo dever em socorrer seu gato. Várias múmias de gatos foram encontradas nos sepulcros egípcios.
Para Shiva (divindade indiana) toda a forma de vida é sagrada e não existem diferenças entre os homens e animais.
Até mesmo Sigmund Freud (1856-1939), durante suas sessões de psicanálise tinha a presença de sua cadela. Ele acreditava que ela poderia ajudar nos processos de cura dos seus pacientes.

Seres humanos e animais
É importante lembrar que a diferença dos animais e homens é o principio inteligente, o poder de distinguir entre o bem e o mal e a responsabilidade de seus atos. O homem é de fato, um ser à parte, uma vez que tem faculdades que o diferem de todos os outros por ter sua destinação. De acordo com Allan Kardec (1804-1869), o codificador do espiritismo, o homem é muito parecido com os animais, porém estes agem por instinto e também por inteligência, só que limitada.
Não há como negar que alguns deles parecem ter atos combinados que expressam uma vontade de agir mediunicamente num sentido determinado e de acordo com as circunstâncias. Há uma espécie de inteligência e certa educação relativa. Também têm uma linguagem; não uma linguagem formada de palavras e sílabas, mas de um meio de se comunicarem e expressarem as suas sensações.

Animais domésticos podem amar seus donos?
Claro que sim. Tanto seus donos como seus iguais. Vemos diariamente cenas onde animais resgatam seus donos ou animais da mesma raça em situação de perigo. Sabemos que alguns deles não se alimentam até a volta do seu dono. Isso não é amor? Ou, como explicar o bem-estar proporcionado na recuperação dos pacientes quando esses recebem a visita de animais de estimação? A resposta: amor incondicional.


Chico Xavier e sua cadela

Chico Xavier tinha uma cadela chamada Boneca que, ao vê-lo, fazia uma grande festa, pulando em seu colo e lambendo seu rosto como se o beijasse. O médium dizia: — Ah, Boneca. Estou com muitas pulgas! Ela imediatamente começava a tocar o focinho no peito de Chico. Infelizmente, Boneca morreu.

Um casal de amigos presenteou Chico com uma cadela idêntica. Quando o médium entrou na sala, um dos amigos a colocou em seus braços. Ela, agitada começou a lamber seu rosto. Chico disse-lhe: — Ah, Boneca. Estou com muitas pulgas! E, a cadela começou a coçar com o focinho o peito de Chico, tal qual fazia Boneca.

Todos ficaram emocionados com a familiaridade do animal com o médium e perguntaram como isso poderia acontecer. Ele respondeu: — Quando amamos o nosso animal e dedicamos um sentimento sincero, ao partir, os espíritos amigos o trazem de volta para que não sintamos sua falta. Boneca está aqui, ensinando a essa filhota, os hábitos que me eram agradáveis. Nós, seres humanos, estamos na natureza para auxiliar o progresso dos animais, na mesma proporção que os anjos estão para nos auxiliar.

(fonte: livros de Allan Kardec e Monica Buonfiglio)

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