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.ღ Saudade lembrada, saudade sentida, saudade hoje e para o resto da vida...saudade eterna! ღ

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ღ NO MOMENTO AS HOMENAGENS ESTÂO SUSPENSAS! Abraços fraternos!

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As homenagens são publicadas conforme a disponibilidade de tempo. Se ela chegar sem foto e mensagem não poderei publicar. As homenagens são publicadas conforme a ordem de chegada no e-mail.

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quarta-feira, 21 de julho de 2010

O MEU CACHORRO ATRAVESSOU O ARCO-ÍRIS - Parte 2




 
 
O MEU CACHORRO ATRAVESSOU O ARCO-ÍRIS - Parte 2
 
 
Continuamos sentados conversando sobre tudo e eles contavam histórias engraçadas dos seus donos que não entendia nada dos latidos dos cachorros e estes também não entendiam nada do que seus donos queriam.

- O que é mesmo “vai buscar”?

- É quando alguém joga alguma coisa pra você ir pegar e trazer de volta pra ele.

- Ah! Eu nunca acertei isto, pensava que era comida, corria e via que não era bom voltava na esperança de ganhar alguma coisa melhor.

Disse uma cachorrinha cookie spanel, preta de pelos compridos, muito brincalhona e amiga de todos..

- Vocês tiveram sorte, já eu fui passear uma vez com o meu dono com quem eu morava desde muito pequeno e ele jogou um pedaço de pau pra eu ir buscar e quando voltei ele tinha sumido. Fiquei latindo pra ver se ele aparecia e acabei tendo que morar no parque passando muita fome e com muita saudade dele até ser chamado para a nova missão. Doía imaginar que ele também estava me procurando e sofrendo por mim.

Falou um velho pastor alemão.

Pobre cachorro! Pensei, como pode alguém abandonar um amigo só porque ele ficou velho? Como podemos esquecer todas as coisas boas que ele nos deu durante todos os anos que passou conosco? Ele foi tão fiel e acreditando na amizade sincera nunca pensou que tivera sido abandonado. Passei as mãos sobre sua cabeça e ele fechou os olhos como se tivesse pensando nos bons tempos quando ainda era jovem e querido pelo seu ex-dono.

- Uma vez eu fui demarcar o carro do meu dono e ele me deu um grito que tive que segurar quando não dava mais e me fez um mal danado, resmungou, um vira-lata todo malhado para o riso de todos.

- É que nós não gostamos do cheiro da urina de vocês e quando vocês molham o pneu do carro dá um trabalhão para limpar, respondi.

- Mas limpar pra que se estamos demarcando nosso território para que outros ao sentirem o cheiro saibam que aquele carro já tem dono?

-Agora eu sei, mas é difícil pra nós entendermos isto, pois o dono, nesse caso é o homem que comprou o carro e não o cachorro dele. 
Vocês são muito complicados, murmurou um Dálmata, saltitante.

- Você tem razão, nós complicamos muito mesmo, respondi prontamente.

- Você já pensou em ser cachorro?

Perguntou-me um vira-lata com cara de bom garoto.

- Não, nunca me imaginei um cachorro.

- Que pena! Você iria gostar. É muito legal correr atrás dos carros.

- Pode ser, mas até hoje eu não sei por que vocês fazem isto.

- É porque vocês demonstram gostar mais do carro do que de nós e sempre tem mais tempo para eles. Então, uma forma de protestarmos contra isto é correndo atrás e quando ele pára, nós, simplesmente, o demarcamos para mostrar quem é o manda chuva.

Cada vez chegavam mais e mais cachorros para me perguntar o significado de alguma palavra e um Pintcher que estava atrás de todos os outros pulava feito louco gritando:

- Eu quero perguntar, eu quero perguntar!

- Cala a boca aí, ô baixinho, gritou um São Bernardo, só para irritar o pequeno cãozinho.

Eu via somente a cabeça do pincher quando ele pulava e, com dó, disse-lhes:

- Deixe-o passar. Ele quer me perguntar alguma coisa também.

Uma labrador que estava deitada levantou-se para que o pinther pudesse passar por entre as suas pernas e ele chegou todo animado, pulando feito louco e dizendo:

- O que significa “busca o chinelinho da mamãe, busca”?

- É para você ir buscar o chinelo para a sua dona, respondi.

- Eu sabia, eu sabia. Eu sou o mais inteligente, eu sou o maior! Gritava todo convencido e logo o São Bernardo, que nitidamente gostava de irritar o Pintcher, falou:

- É mesmo o maior. A maior pulga que eu já vi!

Ouviu-se uma gargalhada sem igual.

O pintcher rosnou e disse-lhe:

- Eu ouvi o que você falou e é melhor você pedir desculpas.

Nova gargalhada e então eu disse-lhes:

- Vamos parar com isso, encoste os focinhos um no outro como sinal de amizade. 
O São Bernardo, aquele tipo Bethoven do filme, muito brincalhão, retrucou:

- Então eu vou ter que me deitar para alcançar o focinho do dobermann pigmeu?

- Olha a ofensa com a minha raça!

Respondeu um dobermann, também brincalhão, que estava encostado na parede, para a gargalhada de todos, menos é claro, do pequeno Pintcher que acabou encostando o focinho no do São Bernardo e recebeu uma lambida em sua cabeça como sinal de carinho.

A velha labrador que voltou a deitar-se disse que sentia muita saudade do seu antigo dono, um deficiente visual de quem durante muitos anos fora o seu guia e quando ela já não tinha mais idade para acompanhá-lo, trouxe outro cão para lhe substituir, porém, não a abandonou e a tratou com todo o carinho até ela ser chamada para a nova missão.

- Tem homens bons e homens ruins e você deu sorte de ter um dono do bem.

Respondi-lhe.

Outro pitbull todo cheio de curativos levantou a pata e pediu licença pra falar também e disse-nos que o seu dono não era muito bom e que o obrigava a participar de rinhas (brigas de cachorro) onde se apostava dinheiro.

- Eu era obrigado a machucar muito os outros cachorros e também eles me machucavam muito. Eu não gostava nem um pouco daquilo, mas tinha que servir o meu dono e quando eu perdi uma briga, levei uma surra e fui jogado pra fora de casa. Vivi perambulando e todos tinham medo de mim. Um dia me deram um pedaço de carne saborosa e depois que eu comi, comecei a passar mal, sentindo muitas dores na barriga e acordei aqui, para a nova missão. 
 
Pôxa, te deram carne envenenada? Como deve ter sido triste a sua vida!

Respondi passando a mão sobre a sua cabeça e recebendo uma lambida muito gostosa.

- Eu gostaria de tirar uma dúvida com vocês.

Falei em direção a todos

Por que vocês têm mania de cheirar o traseiro de todos os cachorros que vocês encontram?

O Pintcher pulou e gritou:

- Me deixa responder, me deixa responder?

O São Bernardo, gozador nato, replicou:

- Com esse seu tamanho você já conseguiu cheirar algum traseiro, pigmeu?

- Parem com isso. Deixem-no falar.

Interferi.

- É porque pelo cheiro nós sabemos se o colega já demarcou alguma área perto da nossa. Nós somos bons no olfato e através do cheiro reconhecemos qualquer um. Quando passamos por algum lugar demarcado, também colocamos nosso cheiro para que quando nos encontrarmos possamos nos reconhecer.

O São Bernardo deu uma piscada e aplaudiu o pequeno cãozinho que ficou todo cheio.

- Então é isso?

Perguntei.

- É exatamente como o anãozinho falou.

Replicou o Doberman.

- Anãozinho é a ...

- Parem com isso, interferi antes que ouvisse um palavrão do Pinscher.

- Boca suja!

Respondeu o Doberman..

- Eu não ia falar palavrão não, viu?

Falou o pintcher olhando pra mim

- Eu sei que você seria incapaz!

Respondi piscando para o São Bernardo e o Doberman que estavam com a pata na boca para esconder a gargalhada.

continua...

Anderson Balderrama dos Rei, paulista, pós graduado com especilização em Gerenciamento de Pessoas, palestrante e autor do livro " Clareira, quando a amizade é essencial"

3 comentários:

  1. Que coisa linda!
    Fico emocionado ao encontrar um site dedicado à esses amigos fieis que se entregam completamente e capazes de perdoar em segundos.
    Parabens ao responsabel pelo site e aos colaboradores.
    Tambem encontrei aqui uma linda história que poderia ser editada para que pudessemos conta-la aos nossos filhos.

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  2. Obrigada!!!
    Que Deus te abençoe sempre!!!1
    Com o meu carinho...
    Rejane

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  3. Que Felicidade ver um site deste!!
    Que Deus Abençoe!!! sempre estes Nossos irmãos
    Eu Amei. esta muito Lindo! Eu Estou muito Emocionada de tantas felicidades!! Abraços fraternos Bjs.

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