ANTIGO SONETO PARA UM SETTER
AO MEU CÃO
Companheiro fiel, que me seguias
pelos campos, perdizes levantando,
foste acabar longe de mim teus dias
sem ver ao menos que fiquei chorando
ao afastar-se o trem em que partias
para outro sítio, tão distante, quando
eu podia sentir as energias
dos teus músculos de aço fraquejando.
E morreste, afinal, sem meu carinho,
em terra estranha, sem ninguém, sozinho,
sem ouvir minha voz, meu setter nobre...
Meu doce amigo em cujo olhar sereno
eu descobrira uma alma sem veneno,
seja-te leve a terra que te cobre.
Freitas Guimarães
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Saudade lembrada, saudade sentida, saudade hoje e para o resto da vida...saudade eterna!
Nosso pedacinho do céu...