terça-feira, 31 de agosto de 2010
"ISSO TAMBÉM PASSA". Chico Xavier
Chico Xavier costumava ter em cima de sua cama uma placa escrita:
"ISSO TAMBÉM PASSA".
Aí perguntaram para ele o porquê disso.
E ele disse que era para se lembrar que quando estivesse passando por momentos difícieis, poder se lembrar de que eles iriam embora. Que iriam passar. E que ele teria que passar por aquilo por algum motivo.
Mas essa placa também era para lembrá-lo que quando estivesse muito feliz, não deixar tudo para trás e se deixar levar, porque esses momentos também iriam passar e momentos difíceis também viriam de novo.
E é exatamente disso que a vida é feita: "MOMENTOS". Momentos os quais temos que passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado.
Por algum motivo nunca esquecendo do mais importante: NADA É POR ACASO.
Absolutamente nada. Por isso temos que nos preocupar em fazer a nossa parte, da melhor forma possível.
A vida nem sempre segue o nosso querer, mas ela é perfeita naquilo que tem que ser.
Marcadores:
Chico Xavier
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Dor da Perda
Não existem palavras, línguas, gestos ou mesmo pensamentos que possam expressar a dor da perda. Ela é tão profundamente dolorida e fere a alma com esmero desmedido, cortando lenta e dolorosamente com o lado cego da faca.
A dor é fenomenal, incrívelmente dor, extraordinariamente dor, fatalmente dor. É dor, dor, dor, somente dor. E não cede, não acalma, não dá trégua. E a alma se contorce, revolve, chora, berra e geme em lamentos surdos, que tomam o corpo, que fazem cambalear e entontecer o espírito.
A dor da perda não tem som, não tem voz, e invade o âmago do ser silenciosa e cruelmente fazendo doer e adoecer o corpo. Massacra a alma a tal ponto de tudo ao redor perder o sentido. Tudo. Tudo perder o sentido e o brilho da vida.
Os olhos olham mas nada vêem, os ouvidos ouvem sem nada ouvir, os braços caem sem sentir qualquer amparo, qualquer sussurro de compreenssão, de entendimento. Somente o gosto do sangue da dor é percebido no fundo do coração que sangra, falece e se afunda no fundo da terra, do pó.
E tudo vira dor profunda e cortante como o fio de uma navalha. Os sentidos perdem a razão de ser. Robotizamos o corpo e caminhamos, perdidos e anestesiados de lá prá cá, de cá prá lá, desnorteados, confundidos, atordoados e completamente perdidos de nós mesmos. Esquecidos de tudo e de todos, menos da dor que rasga, dói e arranha o coração até o sangue jorrar em lágrimas profusas e gritos inaudíveis.
A dor da perda cala fundo e faz sepultura da alma onde desejamos ardentemente nos enterrar, em silêncio absoluto, em escuridão infinda, em adormecer eterno. Faz desejar a morte e buscar o fim de tudo, inclusive de si mesmo, para calar... a dor...
Não existem palavras que definam a intensidade da dor da perda. Ela é tão incrivelmente dor que perdemos a definição e a expressão do que sentimos. Nada mais importa. Nada. A dor da perda é pesada demais. Impossível de se carregar solitariamente.
Por isso, por tudo isso, havemos de buscar forças para suportar a dor da perda, por mais profunda, pungente e dolorida que seja, por mais aterradora e insensível...
Havemos de nos resguardar da dor, de acordar e lutar para viver, mesmo a alma em soluços, mesmo que o espírito, anestesiado pela dor, perca a vontade de lutar e continuar a viver... havemos de nos resgardar da dor no alento dos braços do amor, que é o único que torna possível tudo, por ele, com ele, suportar...
Maria
Publicado no Recanto das Letras em 05/06/2008
Código do texto: T1020387
Sobre a autora
Maria
Blumenau/SC - Brasil
Marcadores:
A dor da Perda
sábado, 28 de agosto de 2010
Da morte do cão (ou a liberdade é opaca)
Da morte do cão (ou a liberdade é opaca)
Ainda lembro quando aqui chegaste
Pequena porção de carne e pêlos
De olhos úmidos e choro mansinho
Guardião incansável e atento
Um bravo lutador que nunca se entrega
E o doce companheiro das horas solitárias
Mas o nunca um dia chega
E deixa nossos sonhos opacos
O pesadelo na tormenta que se anuncia
E o teu brilho se converte em cinza
Estirado no chão em muda entrega
Opacos olhos inertes que jamais esquecerei
E quase sem querer ganhas a liberdade
Deixando em meu rosto nuvens de chuva
E a morte leva a quem gostamos
Para correr eternamente a céu aberto
Pastoreando nuvens desgarradas
Félix A
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080227131627AAeO6VI
Marcadores:
Poesias
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Estrelinha Tiquinho
† 24/08/2010
Tiquinho
Esse é meu anjinho Tiquinho que se foi dia 24/08/2010
com 16 anos eu já sabia que estava na hora da sua partida,
com 16 anos eu já sabia que estava na hora da sua partida,
mas mesmo assim
como é difcil essa separação...
como é difcil essa separação...
sinto um vazio...
parece que falta algo em mim..
Sempre foi um anjo....
Sempre foi um anjo....
muito carinhoso....
um grude sempre ao meu lado...
me deu
muito amor...
muito amor...
agora só quero que ele tenha paz e muito amor onde estiver.
Prá sempre será o meu amadinho.
Prá sempre será o meu amadinho.
Re
Marcadores:
Estrelinhas II
Seres Especiais
Cesar Millan abre uma fundação de resgate de animais em homenagem a seu falecido cão
Há pouco tempo, o especialista em comportamento canino Cesar Millan perdeu Daddy, seu amado cachorro e braço direito no trabalho, tendo aparecido em mais de 50 episódios de O Encantador de Cães.
Daddy, um pit bull que havia sobrevivido ao câncer, morreu tranquilamente, rodeado por sua família, com 16 anos de idade. O cachorro vivia com a família Millan desde os quatro meses.
Em homenagem a Daddy, o encantador de cães e sua família abriram uma fundação para resgatar animais em situação de emergência com seu nome.
A Daddy’s Emergency Animal Rescue Fund irá ajudar cães vítimas de desastres (furacões, incêndios e outras catástrofes), desastres causados pelo homem e animais vítimas de abuso ou violência.
Fãs que queiram contribuir com a Fundação Daddy podem visitar este website (em inglês).
E a National Geographic disponibilizou uma galeria de fotos e vídeos do Daddy aqui.
Fonte: ANDA / The Baltimore Sun
Marcadores:
seres especiais
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Adeus cãozinho desconhecido
Adeus cãozinho desconhecido
Estava ali na estrada, deitadinho no acostamento como se esperasse algo.
Ao passar, levantou sua cabeça e mesmo em alta velocidade pude ver seu olhar de aflição.
Voltei com o pensamento de que ele havia se perdido e eu encontraria seu lar.
Queria eu estar certo. Lá estava o cãozinho, já idoso, deitado, vendo todo seu sangue deixar seu corpo; simplesmente esperava a morte chegar, sofria em silêncio. Abaixei com receio que se assustasse, mas ele me olhou nos olhos e se pudesse falar teria me dito: Me ajude!
O peguei no colo e percebi que jamais alguém lhe dera carinho algum. Mesmo com muita dor ele me olhou nos olhos com toda sua ternura e gratidão.
No carro, em direção a um veterinário, ele gemia de dor. Estendi uma mão e ele apoiou sua pata com muita força, como se assim sua dor amenizasse. Conversei com ele, parecia que me entendia e lhe prometi que finalmente teria um lar e muito carinho.
Ao passar, levantou sua cabeça e mesmo em alta velocidade pude ver seu olhar de aflição.
Voltei com o pensamento de que ele havia se perdido e eu encontraria seu lar.
Queria eu estar certo. Lá estava o cãozinho, já idoso, deitado, vendo todo seu sangue deixar seu corpo; simplesmente esperava a morte chegar, sofria em silêncio. Abaixei com receio que se assustasse, mas ele me olhou nos olhos e se pudesse falar teria me dito: Me ajude!
O peguei no colo e percebi que jamais alguém lhe dera carinho algum. Mesmo com muita dor ele me olhou nos olhos com toda sua ternura e gratidão.
No carro, em direção a um veterinário, ele gemia de dor. Estendi uma mão e ele apoiou sua pata com muita força, como se assim sua dor amenizasse. Conversei com ele, parecia que me entendia e lhe prometi que finalmente teria um lar e muito carinho.
Após ser examinado foi encaminhado para uma cirurgia. Ele novamente me olhou nos olhos como se não quisesse que eu o deixasse ir, então disse: Vai com Deus, meu amigo. Te espero para apresentar seu novo lar, o nosso lar. Ele suspirou como se tivesse concordado.
O esperei ansioso, queria muito dar a ele o que nunca teve. Queria que soubesse o que era ter um lar, comida todos os dias e principalmente amor.
Ao me chamarem disseram que não havia mais o que ser feito, alguns órgãos foram rompidos e nada mais poderia salvar sua vida. Aproximei daquele cãozinho, até então desconhecido, ainda anestesiado, mas com seu coraçãozinho batendo. Senti sua respiração, segurei sua pata com a mesma força em que ele a apoiou em minha mão, como se minha dor fosse amenizar. Olhei para os veterinários com o mesmo olhar que o cãozinho me olhou, como se dissesse: Me ajudem!
Nada mais nos restava além de libertar meu novo amigo, deixá-lo correr no lindo gramado, onde nem a dor, nem a fome, nem o abandono existem. Deixei minhas lágrimas caírem sobre seu corpo para que soubesse que embora nunca tivesse alguém que o amasse, teve em seu último momento alguém que se importou com ele, alguém que chorou sua morte.
Chegou o momento de sua partida, de sua libertação. Agora sei que está em paz, sua dor já não existe mais, não passará fome, nem sede. Não sentirá solidão, pois os anjos jamais irão lhe abandonar.
Fui embora com a certeza de que pelo menos naquele dia, aquele cãozinho teve o amor que lhe foi negado durante toda sua vida.
O esperei ansioso, queria muito dar a ele o que nunca teve. Queria que soubesse o que era ter um lar, comida todos os dias e principalmente amor.
Ao me chamarem disseram que não havia mais o que ser feito, alguns órgãos foram rompidos e nada mais poderia salvar sua vida. Aproximei daquele cãozinho, até então desconhecido, ainda anestesiado, mas com seu coraçãozinho batendo. Senti sua respiração, segurei sua pata com a mesma força em que ele a apoiou em minha mão, como se minha dor fosse amenizar. Olhei para os veterinários com o mesmo olhar que o cãozinho me olhou, como se dissesse: Me ajudem!
Nada mais nos restava além de libertar meu novo amigo, deixá-lo correr no lindo gramado, onde nem a dor, nem a fome, nem o abandono existem. Deixei minhas lágrimas caírem sobre seu corpo para que soubesse que embora nunca tivesse alguém que o amasse, teve em seu último momento alguém que se importou com ele, alguém que chorou sua morte.
Chegou o momento de sua partida, de sua libertação. Agora sei que está em paz, sua dor já não existe mais, não passará fome, nem sede. Não sentirá solidão, pois os anjos jamais irão lhe abandonar.
Fui embora com a certeza de que pelo menos naquele dia, aquele cãozinho teve o amor que lhe foi negado durante toda sua vida.
Adeus, amigo.
Autor desconhecido
Marcadores:
Nós e Eles
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Oração à Jesus pelos Animais
Oração à Jesus pelos Animais
Jesus que baixastes à Terra e Vos fizestes homem para que melhor Vos compreendêssemos, que ficastes na Eucaristia para nunca mais nos abandonar !
Jesus cuja doutrina foi amar primeiro a Deus e logo depois ao próximo.
Não seria o cavalo que me leva e me traz do trabalho, meu próximo? Não seria meu próximo o cachorro que protege os meus bens da ambição alheia e caminha comigo contente?
Se é assim, eu que amo tanto os animais e os considero irmãos meus, venho pedir-Vos Senhor Jesus, que depositeis em cada coração humano uma gota a mais de amor pelos animais indefesos, que tanto amam os homens e que são tão pouco amados por estes.
Dai-lhes um coração amoroso para amar estas criaturas, mente aberta para compreendê-los e mãos para acariciá-los, pois se o Homem é o Rei da Criação, deve fazer seus súditos felizes !
(Isabel Calla, 14 anos, Sevilha, Espanha)
Jesus cuja doutrina foi amar primeiro a Deus e logo depois ao próximo.
Não seria o cavalo que me leva e me traz do trabalho, meu próximo? Não seria meu próximo o cachorro que protege os meus bens da ambição alheia e caminha comigo contente?
Se é assim, eu que amo tanto os animais e os considero irmãos meus, venho pedir-Vos Senhor Jesus, que depositeis em cada coração humano uma gota a mais de amor pelos animais indefesos, que tanto amam os homens e que são tão pouco amados por estes.
Dai-lhes um coração amoroso para amar estas criaturas, mente aberta para compreendê-los e mãos para acariciá-los, pois se o Homem é o Rei da Criação, deve fazer seus súditos felizes !
(Isabel Calla, 14 anos, Sevilha, Espanha)
Marcadores:
Orações
terça-feira, 17 de agosto de 2010
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Dia de Santa Clara de Assis
Oração de Santa Clara de Assis
Clara, santa cheia de claridade,
Irmã de São Francisco de Assis,
Intercede pelos teus devotos
Que querem ser puros e transparentes.
Teu nome e teu ser
Exalam o perfume das coisas inteiras
E o frescor do que é novo e renovado.
Clareia os caminhos tortuosos
Daqueles que se embrenham
Na noite do próprio egoísmo
E nas trevas do isolamento.
Clara, irmã de São Francisco,
Coloca em nossos corações
A paixão pela simplicidade,
A sede pela pobreza,
A ânsia pela contemplação.
Te suplico, Irmã Lua,
Que junto ao Sol de Assis
No mesmo céu refulge,
Alcança-nos a graça que,
Confiantes vos pedimos.
Santa Clara, ilumina os passos
Daqueles que buscam a claridade!
Amém!
Irmã de São Francisco de Assis,
Intercede pelos teus devotos
Que querem ser puros e transparentes.
Teu nome e teu ser
Exalam o perfume das coisas inteiras
E o frescor do que é novo e renovado.
Clareia os caminhos tortuosos
Daqueles que se embrenham
Na noite do próprio egoísmo
E nas trevas do isolamento.
Clara, irmã de São Francisco,
Coloca em nossos corações
A paixão pela simplicidade,
A sede pela pobreza,
A ânsia pela contemplação.
Te suplico, Irmã Lua,
Que junto ao Sol de Assis
No mesmo céu refulge,
Alcança-nos a graça que,
Confiantes vos pedimos.
Santa Clara, ilumina os passos
Daqueles que buscam a claridade!
Amém!
Marcadores:
Dia Santo
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Uma última homenagem em forma de Poesia
Uma última homenagem em forma de poesia que
fiz para meu cachorro que morreu:
BURAN
Buran e Chicó eram dois cachorros
que viviam pelas ruas e morros
do lugar em que "moravam".
Buran era bem grande e fanfarrão.
Era da raça Pastor Alemão,
mas muitas pessoas duvidavam.
Já Chicó, era pequeno
Feito de pelúcia e bem sereno
Pela cidade se deixava levar.
Carregado pela boca do amigo
o que ele achava muitas vezes um castigo
de tanta baba se lambuzar.
Apesar da diferença de seres.
Os dois tinham seus quereres
E opiniões caninas diversas.
E na praça da cidade pacata
que se fazia por sala exata,
os dois tinhas suas conversas dispersas.
- Buran! Olhá só!
- O que foi, Chicó ?
- Olha só aquela cachorrinha!
- Aquela poodle alí sem graça
que todo dia vem aqui na praça
com sua dona de manhãzinha?
- Se é a mesma Buran, eu não sei,
mas ela está bem diferente
do que costumo ver.
- Ah Chicó, se manca!
Ela só está mais branca
dos banhos de xampús que ela deve ter.
- Falando em banho Buran, não fique zangado,
mas você está cheirando a pano de chão molhado
E este seu bafo eu já não aguento.
- E você se acha que é um vidro de perfume?
Tem amigos meus que acham que tô comendo estrume
carregando você , ô seu lazarento.
- Buran, porque você não a namora?
- Tá doido, Chicó?! Sai fora!
- Olha o meu tamanho e olha o dela?
- Porque não vai você com sua astúcia?
Vai ver que ela gosta de bichinhos de pelúcia.
E além do mais, pra mim ela é magrela.
- Ah, Buran isto não tem nada a ver.
Ela ainda pode quem sabe... crescer!
E por favor veja se não mais me apela.
Já que você não quer, deixe-a pra mim.
Quem sabe não é ela que fique a fim
de me levar ao seu ladinho à passear?
Porque da sua boca já estou cheio.
Já estou com as orelhas cortadas pelo meio
de tanto você me mastigar.
- Tá nervoso, Chicó? Só porque viu a cachorrinha?
Tá querendo dar uma de que? De mariquinha?
Satisfeito comigo ou não, me aguente.
Se não fosse eu você estaria jogado
lá naquele armário todo quebrado
do pessoal do buraco quente.
- Buran, sabe que às vezes eu te estranho?
Como pode você ser um cão deste tamanho
e falar tantas abobrinhas?
A rapaziada lá do buraco quente tem falado
que você parece um cachorro "mal afamado"
por nunca ter dado um pega numa cadelinha.
- Eu...eu...eu...tenho que dar satisfações do que eu faço?!
Cada cachorro aqui faz xixi no seu pedaço.
E dou meus pegas sim se você quer saber.
- Eu somente sei ser um cão discreto.
- Ahan...igual ao cachorro do Beto
lá do salão da rua Renascer?
- Tá insinuando alguma coisa, Chicó?
- Não, Buran que isso! Eu só fico com dó
que você ainda não tem umas companheiras.
-Tanta cachorra por aí à solta, meu amigo
e você fica andando pra baixo e pra cima comigo,
e o pessoal anda falando besteiras.
- Não me importo. Ando às escondidas
pela noite pra namorar umas cachorras perdidas
que chegam do bairro vizinho.
Umas daqui eu até ja peguei,
mas por favor não comente nada, pois como te falei
sou discreto...caladinho.
- Ahhhh... isto explica o fato
de eu ter acordado do lado de um rato
e outros lugares que nunca estive.
- Eram estas noites que você saía então?
Ah, Buran, seu safado! Ah, seu cachorrão!
E eu querendo dar uma de detetive.
- Desculpas, Chicó te largar assim em certos lugares
que geralmente eram escondidos em portas de bares,
mas é lá que a cachorrada aparece.
- Deixa de ser besta, meu amigo. Claro que entendo.
Atrasar você é que não pretendo.
pois sei que apesar de tudo, você não me esquece.
- Imagine, Chicó se um dia eu te esquecesse?
- Nem me fale Buran. Seria como se eu morresse.
Já basta o armário que você me achou.
- Falando nisto,Chicó. Você foi jogado fora?
- Acho que sim, sei lá. Passei da hora.
Mas é melhor viver assim da forma que estou.
Com um amigo que me carrega.
que sai correndo quando gritam: Pega!!
Quer mais emoção?
- Realmente Chicó a rua me fascina.
Quer expressão de liberade mais canina
de tentar sobreviver como um cão?
Tem pessoas que me deixam contente.
Uns nos dão comida e água. Outros batem na gente.
E assim vamos vivendo, vivendo, vivendo.
- Não sei se gostaria de ser um cão de verdade.
Sabe Buran. Meu mundo era outra realidade,
mas também não sei se agora estou sofrendo.
Mas lá eu tinha caminha quente.
Sempre estava nos braços de alguma gente
e sem contar que eu era o "xodó" da casa inteira.
- Mas agora Chicó, você está aqui comigo.
Passando alguns apertos, meu amigo.
Tente ver isto agora de outra maneira.
- Já estou acostumado. Não se preocupe. Na boa.
Gosto desta nova vida de viver à toa.
Ainda mais com você me protegendo.
- Agradeço sua palavras, Chicó.
Depois que te conheci, não me sinto mais só.
E coisas também contigo vou aprendendo.
- Que tipo de coisas você aprende Buran, posso saber?
- Coisas do tipo, amizade, Chicó. Coisas que devemos ter
para qualquer lado que andemos nesta vida.
Não importa muita coisa se temos alguém
que viviam pelas ruas e morros
do lugar em que "moravam".
Buran era bem grande e fanfarrão.
Era da raça Pastor Alemão,
mas muitas pessoas duvidavam.
Já Chicó, era pequeno
Feito de pelúcia e bem sereno
Pela cidade se deixava levar.
Carregado pela boca do amigo
o que ele achava muitas vezes um castigo
de tanta baba se lambuzar.
Apesar da diferença de seres.
Os dois tinham seus quereres
E opiniões caninas diversas.
E na praça da cidade pacata
que se fazia por sala exata,
os dois tinhas suas conversas dispersas.
- Buran! Olhá só!
- O que foi, Chicó ?
- Olha só aquela cachorrinha!
- Aquela poodle alí sem graça
que todo dia vem aqui na praça
com sua dona de manhãzinha?
- Se é a mesma Buran, eu não sei,
mas ela está bem diferente
do que costumo ver.
- Ah Chicó, se manca!
Ela só está mais branca
dos banhos de xampús que ela deve ter.
- Falando em banho Buran, não fique zangado,
mas você está cheirando a pano de chão molhado
E este seu bafo eu já não aguento.
- E você se acha que é um vidro de perfume?
Tem amigos meus que acham que tô comendo estrume
carregando você , ô seu lazarento.
- Buran, porque você não a namora?
- Tá doido, Chicó?! Sai fora!
- Olha o meu tamanho e olha o dela?
- Porque não vai você com sua astúcia?
Vai ver que ela gosta de bichinhos de pelúcia.
E além do mais, pra mim ela é magrela.
- Ah, Buran isto não tem nada a ver.
Ela ainda pode quem sabe... crescer!
E por favor veja se não mais me apela.
Já que você não quer, deixe-a pra mim.
Quem sabe não é ela que fique a fim
de me levar ao seu ladinho à passear?
Porque da sua boca já estou cheio.
Já estou com as orelhas cortadas pelo meio
de tanto você me mastigar.
- Tá nervoso, Chicó? Só porque viu a cachorrinha?
Tá querendo dar uma de que? De mariquinha?
Satisfeito comigo ou não, me aguente.
Se não fosse eu você estaria jogado
lá naquele armário todo quebrado
do pessoal do buraco quente.
- Buran, sabe que às vezes eu te estranho?
Como pode você ser um cão deste tamanho
e falar tantas abobrinhas?
A rapaziada lá do buraco quente tem falado
que você parece um cachorro "mal afamado"
por nunca ter dado um pega numa cadelinha.
- Eu...eu...eu...tenho que dar satisfações do que eu faço?!
Cada cachorro aqui faz xixi no seu pedaço.
E dou meus pegas sim se você quer saber.
- Eu somente sei ser um cão discreto.
- Ahan...igual ao cachorro do Beto
lá do salão da rua Renascer?
- Tá insinuando alguma coisa, Chicó?
- Não, Buran que isso! Eu só fico com dó
que você ainda não tem umas companheiras.
-Tanta cachorra por aí à solta, meu amigo
e você fica andando pra baixo e pra cima comigo,
e o pessoal anda falando besteiras.
- Não me importo. Ando às escondidas
pela noite pra namorar umas cachorras perdidas
que chegam do bairro vizinho.
Umas daqui eu até ja peguei,
mas por favor não comente nada, pois como te falei
sou discreto...caladinho.
- Ahhhh... isto explica o fato
de eu ter acordado do lado de um rato
e outros lugares que nunca estive.
- Eram estas noites que você saía então?
Ah, Buran, seu safado! Ah, seu cachorrão!
E eu querendo dar uma de detetive.
- Desculpas, Chicó te largar assim em certos lugares
que geralmente eram escondidos em portas de bares,
mas é lá que a cachorrada aparece.
- Deixa de ser besta, meu amigo. Claro que entendo.
Atrasar você é que não pretendo.
pois sei que apesar de tudo, você não me esquece.
- Imagine, Chicó se um dia eu te esquecesse?
- Nem me fale Buran. Seria como se eu morresse.
Já basta o armário que você me achou.
- Falando nisto,Chicó. Você foi jogado fora?
- Acho que sim, sei lá. Passei da hora.
Mas é melhor viver assim da forma que estou.
Com um amigo que me carrega.
que sai correndo quando gritam: Pega!!
Quer mais emoção?
- Realmente Chicó a rua me fascina.
Quer expressão de liberade mais canina
de tentar sobreviver como um cão?
Tem pessoas que me deixam contente.
Uns nos dão comida e água. Outros batem na gente.
E assim vamos vivendo, vivendo, vivendo.
- Não sei se gostaria de ser um cão de verdade.
Sabe Buran. Meu mundo era outra realidade,
mas também não sei se agora estou sofrendo.
Mas lá eu tinha caminha quente.
Sempre estava nos braços de alguma gente
e sem contar que eu era o "xodó" da casa inteira.
- Mas agora Chicó, você está aqui comigo.
Passando alguns apertos, meu amigo.
Tente ver isto agora de outra maneira.
- Já estou acostumado. Não se preocupe. Na boa.
Gosto desta nova vida de viver à toa.
Ainda mais com você me protegendo.
- Agradeço sua palavras, Chicó.
Depois que te conheci, não me sinto mais só.
E coisas também contigo vou aprendendo.
- Que tipo de coisas você aprende Buran, posso saber?
- Coisas do tipo, amizade, Chicó. Coisas que devemos ter
para qualquer lado que andemos nesta vida.
Não importa muita coisa se temos alguém
Geraldo Nascimbeni
Marcadores:
Poesias
sábado, 7 de agosto de 2010
Ao Meu Pai
Lembranças do meu pai
Laura Limeira
Laura Limeira
Era agosto...
Segundo dia de domingo
Céu azul-clarinho
Sol brilhante, amarelinho
Uma canção ouvia-se pela casa
Do papai entoando versos de carinho
Era agosto...
Segundo domingo, Dia dos Pais
Em casa, era tudo alegria
Presentes eram comprados às escondidas
Escolhidos a dedo e especialmente
Para o papai, naquele dia...
Hoje também é agosto...
Segundo domingo, Dia dos Pais
O céu continua azul-clarinho
O sol brilhante, amarelinho
Mas em lugar daquela canção em versos
Ouço apenas meu soluçar baixinho
E nesse domingo de agosto
Quando sentir a dor da sua ausência
Olharei sua fotografia e o verei sem véus
E não haverá presentes, nem o ouvirei cantarolar versos
Mas sorriremos juntos no encontro da mesma saudade
Quando orarmos juntos o "Pai nosso, que estás no céu..."
Por isso, penso com convicção...
Não importa quem meu pai tenha sido
Sinto sua falta, desde a benção ao simples "oi"
Independente de ter sido um pai perfeito, ou não
Porque nem sempre a perfeição justifica o homem
O que interessa é a minha lembrança de quem ele foi.
Segundo dia de domingo
Céu azul-clarinho
Sol brilhante, amarelinho
Uma canção ouvia-se pela casa
Do papai entoando versos de carinho
Era agosto...
Segundo domingo, Dia dos Pais
Em casa, era tudo alegria
Presentes eram comprados às escondidas
Escolhidos a dedo e especialmente
Para o papai, naquele dia...
Hoje também é agosto...
Segundo domingo, Dia dos Pais
O céu continua azul-clarinho
O sol brilhante, amarelinho
Mas em lugar daquela canção em versos
Ouço apenas meu soluçar baixinho
E nesse domingo de agosto
Quando sentir a dor da sua ausência
Olharei sua fotografia e o verei sem véus
E não haverá presentes, nem o ouvirei cantarolar versos
Mas sorriremos juntos no encontro da mesma saudade
Quando orarmos juntos o "Pai nosso, que estás no céu..."
Por isso, penso com convicção...
Não importa quem meu pai tenha sido
Sinto sua falta, desde a benção ao simples "oi"
Independente de ter sido um pai perfeito, ou não
Porque nem sempre a perfeição justifica o homem
O que interessa é a minha lembrança de quem ele foi.
Homenagem ao meu Pai Eraldo que está no céu.
Mensagem postada pela amiga Dalva que aproveito para homenagear
o primeiro homem da minha vida!
Descanse amado Pai!
Aqui Saudades...
Rejane
Marcadores:
Dia Festivo
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Estrelinha Amora
† 05/08/2010
Amora
Hoje nossa companheira de 11 anos nos deixou.
Estamos muito tristes,
com muita dor pela sua ausencia.
Ana
Marcadores:
Estrelinhas II
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Desabafos... Do Coração
Desabafos ... do Coração
Um lugarzinho para a Saudade ...
"A casa da saudade chama-se memória: é uma cabana pequenina a um canto do coração." (Coelho Neto)
"Apesar da distância, saiba que podemos estar tão próximos quanto as pessoas possam imaginar."
"A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar."
Rubem Alves
Marcadores:
Desabafos do coração
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Estrelinha Rom Rom
10/01/2010
†15/07/2010
Rom Rom
Ainda estamos perdidas com a falta de nossa Rom-Rom.
A terrível cinomose levou nosso bebê, mas não conseguiu
nos desanimar em ir até o fim nessa guerra.
Nosso conforto é saber que fizemos o possível e o impossível,
Nosso conforto é saber que fizemos o possível e o impossível,
mas Deus quis assim: que ela fosse morar ao lado
de São Francisco de Assis, seu anjo protetor.
Foi embora de barriguinha cheia, mesmo usando seringa
Foi embora de barriguinha cheia, mesmo usando seringa
para alimentação;
medicada, mesmo com o alto valor dos remédios,
e muito amada,
querida,
carinhada,
desejada...
Respeito e amor eterno
Respeito e amor eterno
é o mínimo que teremos por você,
lindo bebê dos nossos corações.
Saudades...
Te amamos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Bia
Marcadores:
Estrelinhas II
domingo, 1 de agosto de 2010
Assinar:
Postagens (Atom)