★ 2 de setembro 2015
Se soubesse nadar,
Talvez tivesse chegado à praia,
Com vida, mas ele tinha apenas 3 anos.
Minutos antes do naufrágio,
A mãe o apertara contra os seios,
Mesmo pequenino pressentia a grande desgraça,
Fechou os olhinhos e teve uma brevíssima miragem:
Ele ganhara asas do gigante Albatroz,
O pequeno barco voaria como avião,
Salvando todos, a mãe e o irmão.
Ah, a poesia quisera ser Alá,
Quisera ser Iemanjá, Quisera ser Deus,
Para tê-lo transformado num peixinho sírio
Que chegasse saltitante à praia turca.
Ah, a poesia quisera ser um chefe de Estado
Que tivesse alma,
Que retirasse das fronteiras os cães e o arame farpado,
Que poupasse a humanidade desse crime hediondo:
Um menino, reduzido a um corpinho sem vida,
Calçado, e vestido de camiseta vermelha e bermuda azul.
Adalberto Monteiro, são paulo, 3 setembro 2015
Nossa homenagem ao Anjinho
Aylan Kurdi
o menino refugiado sírio de três anos cujo afogamento causou consternação ao redor do mundo, tinha escapado das atrocidades do grupo autointitulado "Estado Islâmico" na Síria.
Exemplo de gerra!
ResponderExcluirRey Biannchi, linda canção. Belo trabalho, ainda mais como foi feito. Que Deus abençoe a todos que sofrem pelo mundo. Tenho certeza que o menino Aylan está nos braços de Deus, muito melhor que antes. E que sua música vai chegar até ele em forma de boas energias. Parabéns, que Deus nos abençoe. Marcel
ResponderExcluirLindo! Que este lindo anjinho esteja com seu irmãozinho e sua mãezinha descansando ao lado de Cristo!
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